Era um menino, ainda sem rosto
Sofria de um grave descolamento
de alma e corpo,
O amor de Anabella era espelho
Alento e desalento da sombra desconhecida
Pecado que nem mesmo ele podia vê-lo
Mas era só um menino, de imagem retorcida
Talvez menos que menino
Sobre as confusas linhas da vida
O ondear de seus sonhos fugindo
Para a valsa dos famintos
De amor, de atenção, o opaco reluzindo
Sabe-se que ele em vários dias brilhou
Girou, errou, repetiu
E depois a si mesmo apagou
O que se esperava dele, numa roda gigante
O vaguear de um louco
Mas há de se dizer que era apenas um menino grande
Nenhum comentário:
Postar um comentário