sábado, 1 de janeiro de 2011

Livros 2011 - (1) - "A Menina que Brincava com Fogo", Stieg Larsson


Eu tive uma agradável surpresa no final de 2009 e início de 2010. Durante o recesso parlamentar, passei num sebo e comprei um livro que tinha uma capa muito legal e um título intrigante. Bem, não lembro se já tinha ouvido falar dele antes alguma vez, mas quando o encontrei tratei de adquiri-lo. O livro se chamava "Os Homens que não Amavam as Mulheres", de um sueco chamado Stieg Larsson.
As primeiras 100 páginas eram chatas, densas e excessivamente descricionista. Só que a sinopse me falava de um romance policial e me senti atraído. Na contracapa, os críticos reforçavam que quando o livro engrenava não havia como largar. E isso se confirmou.
Stieg Larsson conduz uma narrativa instigante e reveladora sobre um crime econômico e também sobre um misterioso desaparecimento da sobrinha de um megaempresário. Como protagonistas, um jornalista e uma hacker.
A história é incrível e você só para quando resolve o caso (!). O livro faz parte de uma decalogia, que por causa da morte do escritor transformou-se em apenas e infelizmente uma trilogia. Já foram vendidos quase 30 milhões de exemplares.

Janeiro/2011 - A Menina que Brincava com Fogo

O segundo volume eu comprei ainda no início de 2010. Como eu sou uma pessoa de humor inconstante, terminei adiando a leitura das 600 páginas dele. Por coincidência, ele veio às minhas mãos no início do recesso parlamentar do ano passado, ou melhor, nos últimos dias.
Assim como o primeiro romance da saga, "A Menina que Brincava com Fogo" demora a pegar. São desta vez quase 200 páginas de descrição e considerações. Stieg Larsson parece se deliciar com detalhes infrutíferos dos personagens mas que você termina por gostar deste jeitão sueco com um tempo. O livro é tão bom quanto o primeiro e eu fiquei satisfeitíssimo. Agora, a hacker Lisbeth Salander é acusada de triplo homicídio e vai precisar da ajuda do jornalista Michael Blomqvist para se safar.
Confesso que é delicioso ter um "companheiro de trabalho" como protagonista, mas o que é mais legal, para mim, é que os livros são romances no meio de uma matéria jornalística. Você sente a investigação da imprensa e o melhor você percebe que os problemas de fato existem.
Em "Os Homens que não Amavam as Mulheres", Stieg Larsson aborda a violência doméstica contra mulheres na Suécia, com dados escandalosos. No segundo, ele conta o problema do tráfico de mulheres para a rede de prostituição do país. Na Suécia, grande parte das garotas de programa veio do Leste Europeu e de forma exploratória, num regime de escravidão e muita violência. Os clientes desses mercado: empresários, policiais, promotores, juízes e jornalistas, entre outros.
Com o perdão a um pecadinho cometido no final da segunda parte, o escritor escreve com bastante precisão e criou uma obra muito consistente. Vale demais a pena ler. Vamos agora planejar o terceiro.

Série "Você ainda vai encaixar isso numa conversa" (1) - Vituperar

Em 2011, começo já com uma nova série. A série "Você ainda vai encaixar isso numa conversa". Sabe aquela palavra que se você fala com tranquilidade faz com que todo mundo se sinta burro? Pois é, exatamente. Vai não vai aparecem uns vocábulos bem Gilbertogilsiano e que dá uma vontade de encaixar numa frase. Às vezes a conversa não tem nada a ver. Fala-se de futebol e você entra com "parece um trabalho feito com 'bauxita'". Detalhe: Bauxita se pronuncia com o som de "z" e isso faz toda a diferença.
Mas vamos começar a série mais irritante com a palavra "vituperar".
Vituperar significa dizer injúrias. Então, recomendo você a reclamar de alguém assim: "Aquele cara só vivia vituperando"
Afinal, você ainda vai encaixar isso numa conversa.