domingo, 10 de julho de 2011

Todos juntos

Hoje é um dia em que quero todos que gosto junto de mim. Diz a música que quando o homem está em paz não quer guerra com ninguém. Pois este sentimento é o que me invade. Não há mágoa, não há diferenças, tudo é lindo. Eu vou ser papai. Lídia está lindamente grávida e a felicidade é algo tão tranquilo, tão simples e é tão bom ver todos tão felizes também.
Eu penso em alegria, em encantamento, eu penso em todos comemorando comigo. Eu penso na minha responsabilidade, mas também em deixar tudo fluir como o rio corre naturalmente. Eu penso em perdoar, não quero nada de ruim perto de mim. Eu penso em proteção, mas penso também em liberdade.
Nada me deixa mais feliz do que saber que virá de alguém que amo, com apoio daqueles que eu amo, com amigos próximos e distantes que amo muito.
Meu mundo fantástico
Talvez quem leia não me entenda em ver um mundo tão puro, perfeito e simples. Mas talvez diversas pessoas venham a me entender que é exatamente assim que me sinto. Querendo fazer tudo certo. Doar-me ao máximo. Já temos o primeiro presente para o bebê, a roupinha verde (do Palmeiras) do tio André, que vai tentar de tudo para transformá-lo em flameguista. Mas conto com o apoio de uma dupla de palmeirenses porretas, Gustavo e Giovani.
Sou feliz por ter meu pai feliz, minha mãe perdidamente contente, os pais de Lídia emocionados a ponto de querer se esconder, o irmão dela, André, andando para lá e para cá de eufórico...
Não é um final feliz, mas um começo fantasticamente feliz e quem quiser trazer e compartilhar mais felicidade, sinta-se convidado.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Estado e a nossa expectativa de vida

Qual a lógica do Estado? Sem me prender a teóricos e tratando de forma bem superficial, a ideia é mais ou menos a seguinte: eu faço um acordo com todos que nascem ou moram no mesmo lugar para que alguém organize tudo. A isso se chama pacto social. Mas por que eu faço isso? Por que eu abro mão do poder de decidir sobre o que eu posso fazer e prefiro 'financiar' alguém para fazê-lo por mim?
O assunto é um pouco chato, embora algo tão presente em cada ato e ao mesmo tempo tão esquecido. No segundo filme da série Matrix, quando Neo chega à 'mecânica' do mundo real, surge a frase: "(...) na sociedade, ninguém quer saber como funcionam as coisas, desde que elas funcionem".
Nossa ignorância política nos sugere que não precisamos saber a lógica do Estado e os porquês de cada coisa desde que tenhamos comida na mesa, dinheiro pra o que quisermos e coisa e tal.
A longa trajetória da sociedade nos trouxe até aqui, com separação dos poderes, altos impostos e o caramba. Mas - novamente - por que p... temos o Estado?
Dizem os historiadores que o Estado nasceu primitivamente porque ninguém aguentava mais perder noites de sono para ter que defender sua comida, não ter sua 'caverna' tomada a força, suas esposas e filhos assassinados ou violentados. O estresse era tão grande que nossa expectativa de vida era de apenas 25 anos.
Então eu junto todo mundo, faço um acordo para que ninguém ataque mais ninguém (crio regras), passo a cerca no lugar de cada um (crio a propriedade) e crio uma comissão para vigiar e punir quem desobedecer e oferecer uma ameaça a quem fez o acordo (crio a polícia, ou melhor eu crio o Estado).
Chego então a minha simplista conclusão: nós temos o Estado para ele nos proteger de nós mesmos. O Estado existe para controlar. O princípio imediato do Estado é a segurança pública. E quando nós chegamos cinco mil anos depois e temos o índice de violência que temos, a quantidade de roubos e assaltos que testemunhamos... vemos que falhamos na função mais primitiva do nosso pacto, do nosso acordo. Não temos proteção para nossas vidas, propriedade, nossa sobrevivência. Não temos paz. Segurança é mais importante que saúde e educação, no conceito de Estado. Porque sem termos quem nos garanta o direitos de sentir-se em paz - motivo inicial de nos juntarmos - não temos escolas abertas, não temos postos de saúde sem serem assaltados mais de dez vezes por ano... Precisamos de paz, precisamos de Estado ou então teremos nossa expectativa de vida de volta para os 25 anos. Sem controle, como no tráfico de grogas, a expectativa de vida é de 20 anos.